Situação crítica no serviço de oncologia é da responsabilidade da tutela e do Conselho de Administração do HDES

PS Açores - 29 de outubro, 2021

O Secretariado de Ilha do PS de São Miguel reitera a sua profunda preocupação com a situação inaceitável a que chegou o serviço de oncologia do Hospital do Divino Espírito Santo. “De acordo com as informações que temos, são mais de 300 os doentes oncológicos que, atualmente, não estão a ser acompanhados, uma circunstância penalizadora e para a qual a tutela e o Conselho de Administração já haviam sido alertados há vários meses, quer por doentes, profissionais de saúde e, inclusivamente, a Ordem dos Médicos”, afirmou Luís Furtado, membro do Secretariado de Ilha dos socialistas micaelenses.

O Secretariado de Ilha de São Miguel denuncia, igualmente, a existência de um clima persecutório no HDES e, em particular, no serviço de oncologia, circunstância que, para além de não ser aceitável num Estado de Direito democrático é penalizadora para os doentes e para os profissionais de saúde.

“O ambiente laboral hostil a que os profissionais de saúde e restantes trabalhadores estão sujeitos é por todos comentado e, inclusivamente, já mereceu uma petição pública motivada pela transferência injustificada e com uma natureza persecutória de uma trabalhadora da oncologia para o arquivo. Isto é intolerável e inaceitável”, afirmou Luís Furtado.

O Secretariado de Ilha do PS de São Miguel considera ainda que o pedido de inquérito anunciado ontem pelo Secretário Regional da Saúde chega tarde e não resolve o problema que, aliás, é, há muitos meses, do conhecimento da tutela. “As declarações do Senhor Secretário da Saúde a lamentar-se pelo que diz ser “ruído” em redor do serviço de oncologia são indiciadoras de quem, já antes, deu provas de lidar mal com o escrutínio natural na atividade política e de quem recorrentemente se queixa de ser alvo de ataques pessoais quando, por alguma razão, a Secretaria da Saúde é objeto de qualquer observação crítica”, referiu o dirigente socialista para quem “o que está em causa não é ruído. O que está em causa são, isso sim, centenas de doentes e respetivas famílias que necessitam de resposta, de acompanhamento e de tratamento. É, pois necessário, uma solução concreta que devolva estabilidade ao serviço de oncologia e gere condições para que aquele serviço volte a prestar os cuidados de excelência que no passado o fizeram ser uma referência no HDES”.

Por último, o Secretariado de Ilha do PS de São Miguel sublinha o esforço, o empenho e a dedicação dos profissionais de saúde e demais trabalhadores que, num clima adverso, têm dado o seu melhor e tudo tem feito para minorar os problemas e contribuir para as soluções.